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Autor Manuel Filho com livros em cenário de papel rasgado com elementos literários

O menino que fez das bibliotecas públicas seu
refúgio literário

Por Bianca Fávero

A cena parecia saída de um sonho: a Bienal de São Paulo lotada, leitores se espremendo em busca de um autógrafo e, diante dele, a chance de dividir a mesa com Mauricio de Sousa e Ziraldo. Quando MMMMM: Mônica e Menino Maluquinho na Montanha Mágica foi lançado, em 2018, Manuel Filho não conteve as lágrimas. Afinal, como não se emocionar ao assinar um livro que reuniu personagens que marcaram gerações e também a sua própria história?

 

O caminho até aquele momento, contudo, começou muito antes. Filho de uma família humilde de nordestinos, Manuel não cresceu rodeado por livros em casa. Sua porta de entrada para a literatura não foram livrarias sofisticadas, mas as estantes gastas e páginas marcadas pelo tempo de uma biblioteca pública em São Bernardo do Campo. Ali, nasceu o menino leitor que descobriu passagens secretas para mundos invisíveis e que, mais tarde, se tornaria apaixonado pela arte da palavra. 

“Minha mãe hoje é alfabetizada, ela lê os meus livros. Ela tinha muito desejo, uma vontade de educação que sempre me impressionou. Ela sempre batalhou para que eu e meus irmãos tivéssemos uma educação melhor”, lembra. 

 

Manuel nunca esqueceu do cheiro nem do sabor do chá que serviam ao fim da tarde no espaço infantil da biblioteca na frente da escola. A paixão que tinha pelas HQs o fez relutar muito antes de pegar um livro sem ilustrações. Ele já era carteirinha número um no espaço — inclusive, até ganhou um ipê-amarelo com o seu nome — quando pulou para As Aventuras de Tintim. Após muita insistência das bibliotecárias, finalmente decidiu dar chance para Os Segredos de Taquara-Póca, de Francisco Marins. Adorou tanto que partiu para Alice no País das Maravilhas e outros clássicos da série Vaga-Lume. 

 

Às sextas-feiras, Manuel exercitava a criatividade nas aulas de redação na escola. A escrita ainda era de uma criança de 8 anos, mas quando a professora pedia para ele ler para os amigos, mesmo tímido, ele recebia aplausos e elogios. Ainda que a ideia de ser escritor profissional fosse distante, as palavras e imaginação fluíam como respirar.

Autor Manuel Filho com livro

Bibliotecas comunitárias em São Bernardo do Campo transformaram a vida de Manuel

Ao crescer, ele se permitiu conhecer os palcos do teatro, as partituras musicais e até redações de rádio e televisão. Bastou um encontro com Eliana Martins, autora de livros infantojuvenis, para transformar sua vida. Desacreditado que um dia publicaria algum livro, ele recebeu apoio da amiga e lançou, em 2003, Um E-mail em Vermelho, que acompanha o jovem Alex na busca pela namorada após suas lembranças serem deletadas por um e-mail misterioso.  


Assim, sem barreiras contra a liberdade criativa e com inspiração em Francisco Marins, Manuel começou a contar diferentes narrativas sociais através da leveza da literatura infantil. Uma dessas

histórias mais divertidas e reflexivas é Diga Oi ao Homem Invisível, no qual, embora a criança tenha a missão de encontrar o tal personagem, a ilustradora o colocou em uma página em branco. 

 

“É uma diversão, o que está por trás disso? Quem é invisível na sua vida? Você disse ‘oi’ para o seu porteiro? Você disse ‘oi’ para pessoa que te faz um lanche? Você disse ‘oi’ para a pessoa que cuida da sua casa, que faz uma limpeza? Será que a gente diz ‘oi’ para pessoas invisíveis?”, indaga.

 

Claro, entre os mais de 50 títulos publicados ao longo dos anos também há histórias lúdicas pela mera ficção, como Cuidado, Vulcão Gripado! e Maria Mudança, que bagunça até a diagramação das páginas. Cada ideia nasce de uma forma diferente, mas com o mesmo objetivo: serem lidas. 

E aqui retornamos àquele momento do lançamento da obra nascida do garoto que se encantou pelos quadrinhos na biblioteca pública, mas que, diante da responsabilidade de unir os universos de Maurício e Ziraldo, voltou a se sentir criança. Vieram à memória a vez em que seu nome, foto e endereço apareceram no gibi do Cebolinha e as corridas atrás dos bonecos grandes e cabeçudos da Turma da Mônica que davam cor ao Parque Cidade da Criança. Então, emocionado, só conseguiu pensar: “a vida me deu muitos presentes”.

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