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Oscar da literatura? Conheça o Prêmio Jabuti, o mais tradicional do Brasil

  • Foto do escritor: Bianca Fávero
    Bianca Fávero
  • 24 de out.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 24 de out.

Com mais de seis décadas de história, premiação reconhece autores e o mercado editorial em diversas categorias

Estatueta Prêmio Jabuti
Reprodução/Instagram

Cada livro carrega uma história capaz de atravessar gerações, e alguns deles ganham reconhecimento além das páginas. Desde 1959, o Prêmio Jabuti homenageia autores, editoras, ilustradores e todos responsáveis por transformar o mundo através da literatura no Brasil. A 67ª edição da premiação está marcada para a próxima segunda-feira (27), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e promete reunir grandes nomes em mais de 20 categorias. 


Diante de um momento em que o mercado editorial brasileiro enfrentava dificuldades, entre 1955 e 1957, a Câmara Brasileira do Livro (CBL), presidida na época por Edgar Cavalheiro, teve a ideia de criar a celebração para valorizar e dar visibilidade aos livros em todas suas dimensões. No entanto, foi somente sob a gestão de Diaulas Riedel, pouco antes de 1960, que a iniciativa tomou forma. 


O jabuti, animal presente no imaginário indígena e africano, muitas vezes associado a figuras ancestrais que transmitem experiências de vida por gerações, representa sabedoria, persistência e identidade cultural. Capturando essa essência, o escultor Bernardo Cid de Souza Pinto criou a estatueta que se tornou o símbolo de tradição e reconhecimento do maior prêmio de literatura do país. 


Quem debutou na primeira edição, realizada na Avenida Ipiranga, em São Paulo, foi Jorge Amado, consagrado como o Romance por Gabriela, Cravo e Canela. Naquela noite, Isa Silveira Leal também conquistou a categoria Literatura Juvenil com a obra Glorinha, e a editora Saraiva foi agraciada com o prêmio de Editora do Ano. 


Ao longo das décadas, o Jabuti acompanhou as transformações do mercado editorial. Novas categorias foram criadas e outras adaptadas com base na mudança dos hábitos de leitura e nas formas de produção literária. 


Antes, o regimento interno incluia apenas sete categorias, mas logo foi necessário acrescentar algumas vertentes como Tradução, Projeto Gráfico, História em Quadrinhos, Inovação Literária e Livro Brasileiro Publicado no Exterior. Assim, em 2018, se consolidou em quatro eixos principais — Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação — com 23 categorias. 


Hoje, o Jabuti segue como referência e inspiração. Ele não apenas premia livros e autores, mas também reflete tendências, destaca novas vozes e reconhece o esforço de todos que tornam a literatura possível. Cada edição lembra que a produção literária brasileira é feita de talento, dedicação e persistência, e que cada obra premiada carrega consigo parte dessa história.


Por dentro da 67ª edição do Prêmio Jabuti


A CBL divulgou, no início de outubro, a lista dos cinco finalistas de cada categoria na edição de 2025. Os vencedores serão anunciados em uma cerimônia exclusiva para convidados, com transmissão ao vivo pelo canal da organizadora no YouTube, marcada para a noite da próxima segunda-feira (27), no Theatro Muncipal do Rio de Janeiro. 


Além da estatueta dourada do Jabuti, os homenageados receberão um prêmio de R$ 5 mil. Com curadoria de Hubert Alquéres, o processo de julgamento das obras envolveu mais de 60 jurados com formações diversas e ampla representatividade. 


A Personalidade Literária deste ano é a carioca Ana Maria Machado, autora de mais de cem obras, entre romances, ensaios, contos e produção infantil, algumas traduzidas em diversos idiomas e publicadas em mais de 20 países. 


O Capítulo Z estará no Rio de Janeiro para acompanhar cada minuto desta premiação. Acompanhe as nossas redes sociais para ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo literário.




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