top of page
Design sem nome.png

Conheça as vencedoras do Prêmio Loba 2025, que celebra a escrita feminina brasileira

  • Foto do escritor: Bianca Fávero
    Bianca Fávero
  • há 4 dias
  • 6 min de leitura

Com 17 categorias, o festival reconhece obras literárias femininas para promover a igualdade no mercado editorial

Milena Silveira, co-fundadora do Loba Festival
Milena Silveira, co-fundadora do Loba Festival, realiza cerimônia de abertura. Crédito: Jaqueline Corrêa/Capítulo Z

Durante três dias, entre 12 e 14 de dezembro, São Paulo foi palco para a celebração da força de mulheres na literatura brasileira. No Edifício Oswald de Andrade, o Loba Festival (Literaturas e Obras de Autoras) promoveu uma programação com debates, oficinas e palestras voltadas à ampliação da visibilidade feminina no mercado editorial.


Um dos momentos mais aguardados foi a premiação, que coroou as autoras e obras que se destacaram em 17 categorias, dos romances e poesias até argumentos de produções audiovisuais. Para escolher as homenageadas, a curadoria levou em conta a coerência narrativa, originalidade, criatividade e relevância simbólica, histórica ou cultural. 


A banca de juradas reuniu nomes de diferentes áreas da cultura, da educação e da literatura, como: Bruna Cristina da Silva, especialista em educação infantil; a quadrinista Helô D’Angelo; a jornalista Jéssica Balbino; a escritora de literatura infantil Josy Asca; a roteirista Laura Artigas; a editora Lorrany Mota de Almeida; a escritora Lubi Prates; a curadora Maria Carolina Casati; a multiartista Maria Rosa; a jornalista Mariana Bastos; a poeta Mel Duarte; a professora Paula Mendonça Dias; a autora Simone Botelho; a escritora Solaine Chioro; e a mestre em estudos literários Xarxel Garcia.


Confira as vencedoras do Prêmio Loba 2025


Shênia Salvador - Tupi 


Shênia Salvador com livros
Arquivo pessoal/Divulgação

Autora de A Menina dos Olhos Brilhantes e A Dama da Noite, a especialista em Roteiro para Cinema e TV Shênia Salvador venceu a categoria Argumento de Curta-Metragem Não Produzido com a obra Tupi. Além do Prêmio Loba 2025, ela também já foi finalista do festival nacional de audiovisual Cabíria com um projeto de roteiro infantojuvenil e recebeu menção honrosa por seu roteiro de longa-metragem no Festival Latino-Americano de Cinema Curta na Neblina. 


Jade Rainho - Mulheres e a Agricultura Myky


Jade Rainho em uma biblioteca
Arquivo pessoal/Divulgação

Com o argumento Mulheres e a Agricultura Myky, que originou o filme A Roça e os Alimentos Myky, a poeta e cineasta documentarista Jade Rainho foi a homenageada pela categoria Argumento de Curta-Metragem Produzido. O documentário, produzido por mulheres indígenas de Mato Grosso, apresenta o papel feminino como guardiã de conhecimento e liderança nas roças comunitárias e hortas familiares. 


Jojoy Matias - O Menino dos Pés Virados


Selfie Jojoy Matias
Arquivo pessoal/Divulgação

Joyce Matias, conhecida como Jojoy, recebeu o prêmio de melhor Argumento de Longa-Metragem Não Produzido pelo texto de O Menino dos Pés Virados. Criada na periferia, a roteirista já foi finalista no PTC LAB 2022 na categoria Séries, semifinalista no ROTA 2023 na categoria infantojuvenil, finalista no Cabíria 2024 na categoria Séries e finalista no LAB51 do Writers Room 2023 na categoria Séries de Comédia. 


Júlia Fovitzky - Bife do Lado da Unha


Júlia Fovitzky
Divulgação/LinkedIn

Bife do Lado da Unha, de Júlia Fovitzky, foi considerada o melhor Conto Individual Não Publicado do Prêmio Loba 2025. A obra disputou o primeiro lugar com Cabeça de Lobo, de Nimbo, e A Última Toada, de B. Escalite.


Helena Cunha - Não Sou Orlando


Helena Cunha no Loba Festival
Divulgação/Instagram

Descrita na sinopse como “não biografia, mas uma carta de amor”, Não Sou Orlando, de Helena Cunha, levou o Prêmio Loba 2025 de melhor História em Quadrinho. O livro de memórias nasce de uma tentativa frustrada de adaptar o romance Orlando, de VIrginia Woolf, para os quadrinhos. A tarefa, que parece simples no primeiro momento, leva a autora a revistar o seu passado, a descoberta da sexualidade e lembranças de um amigo que se foi. Helena também foi finalista do Prêmio Jabuti com a mesma obra.


Roselma Milani - A Mala da Professora


Roselma Milani
Divulgação

Com mais de duas décadas dedicadas a educação, Roselma Milani ganhou a categoria de Infantil Não Publicado com o livro A Mala da Professora. Entre suas marcas de autoria estão reflexões sobre experiências de vida, diversidade cultural e compromisso social. 


Mayra Sigwalt - Não Quero Ser Índio


Mayra Sigwalt com brinco indígena
Divulgação/Instagram

O texto reflexivo para crianças de Mayra Sigwalt em Não Quero Ser Índio foi consagrado na categoria de Infantil Publicado no Prêmio Loba 2025. Na obra, a autora aborda, com delicadeza e sem medo, a vida de uma criança indígena que questiona estereótipos do senso comum sobre os povos originários.


Juliana Soares - Elizabeth Altina Teixeira: 100 Anos de Vida e Luta


Juliana Soares no Loba Festival
Divulgação/Instagram

Vencedora na categoria Literatura de Cordel, a paraibana de Cabaceiras Juliana Soares une poesia e educação em Elizabeth Altina Teixeira: 100 anos de vida e luta. A obra, ilustrada por Rayane Braga, celebra a memória, a resistência e a força de uma mulher marcada pela história e pela luta popular.


Bianca Toloi - Onde Termina a Areia


Selfie Bianca Toloi
Divulgação

A autora de Onde Termina a Areia, Bianca Toloi, conquistou o título de melhor Livro de Conto Não Publicado no Prêmio Loba 2025. A obra concorreu contra Amores Tortos, de Sylvia Mello, e Os Branco Estão Sumindo, de Flávia Damaceno. 


Iane Fadigas - O Espelho no Fim do Labirinto


Selfie Iane Fadigas
Divulgação/Instagram

Iane Fadigas venceu a categoria Livro de Conto Publicado com O Espelho no Fim do Labirinto. Na obra, a autora constrói uma narrativa em que os limites entre o físico e o virtual se confundem, usando a tecnologia como espelho das distorções da sociedade contemporânea. A partir desse cenário palpável, o livro provoca reflexões éticas, sociais e existenciais, partindo da ideia de que a história narrada pode já ter acontecido — ou estar acontecendo agora.


Gabriela Cabral - Tempo, Dendê e Dengo


Gabriela Cabral
Divulgação/Instagram

O melhor Livro de Poesia Não Publicado foi para Tempo, Dendê e Dengo, de Gabriela Cabral. A obra enfrentou as finalistas Amanda Bonatti, com Cacos Sob os Pés: a carne, o sangue, o verso, e Nina Camargo, com Garganta.


Milena Martins Moura - O Carro de Apolo Capotou no Horizonte


Milena Martins no Loba Festival
Divulgação/Instagram

Vencedora da categoria Livro de Poesia Publicado, O Carro de Apolo Capotou no Horizonte, de Milena Martins Moura, constrói uma travessia poética que nasce da infância suburbana no calor do verão carioca e avança por memórias, traumas e ausências. Poeta, editora, pesquisadora, mulher autista e semifinalista do Jabuti 2024, Milena mistura mitologia, cotidiano periférico e crítica social para investigar os limites da palavra.


Yanna Vasconcelos - Diário de uma UTI


Selfie Yana Vasconcelos
Divulgação/Instagram

Yanna Vasconcelos, escritora e revisora há oito anos, foi o destaque na categoria Não-ficção Não Publicada por Diário de uma UTI. Na disputa pelo título estavam A Cerejeira Permanece - Um relato em oito estações, de Mirela Mazzola, e Largo em sentir, em respirar, sucinto, de Flávia Figueirêdo.


Lidiane Maciel e Maria das Dores Conceição Oliveira - Das Dores


Lidiane Maciel com livro
Divulgação/Instagram

Em Das Dores, Lidiane Maciel e Maria das Dores Conceição Oliveira mergulham em um relato potente sobre sobrevivência, escrita e reconstrução. A obra, vencedora na categoria Não-ficção Publicada do Prêmio Loba 2025, narra a trajetória de Maria das Dores, mulher negra que viveu nas ruas de São José dos Campos e encontrou na literatura uma forma de resistir ao vício de drogas e às violências da exclusão social. Ao transformar experiência em palavra, o livro evidencia a força da comunidade e da cultura no processo de resgate e reinserção social, além de ecoar a história de milhares de mulheres brasileiras que hoje vivem em situação de rua.


Grazielle Weiss - Gaza, cercada


Grazielle Weiss
Divulgação/Instagram

Com Gaza, cercada, Grazielle Weiss conquistou o Prêmio Loba 2025 na categoria Poesia Individual Não publicada. O texto concorreu com Era o seu Pai, de Angélica Glória, e Os Sinais que Provocamos, de Eliana Lima.


S. Ganeff - Pague Após o Resultado


S. Ganeff em biblioteca
Divulgação/Instagram

Ao apostar em uma narrativa provocadora, S. Ganeff levou a categoria Romance Não publicado com Pague Após o Resultado. Escritora brasileira e finalista do Prêmio Jabuti 2023 por As vozes da minha cabeça, Ganeff apresentou ao júri uma obra que se destacou em meio a títulos como Sob o Céu do Cerrado, de Kamylla Pereira Borges, e Um homem sem história: fragmentos de família, de Adriana Moreira.


Marina Monteiro - Açougueira


Marisa Monteiro
Divulgação/Instagram

Em Açougueira, melhor Livro de Romance Publicado do Prêmio Loba 2025, Marina Monteiro constrói um romance inquietante, narrado como um testemunho oferecido a um júri, em que uma mulher observa e atravessa o mundo pelas frestas que lhe restam. Com uma escrita afiada e potente, a autora trabalha linguagem e forma para fazer emergir uma história polifônica sobre transgressão, silêncio e sobrevivência.



Comentários


Logo vertical do Capítulo Z

Contato:
imprensa.capituloZ@gmail.com

Receba nossa Newsletter

Obrigado!

Website criado para TCC de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul, sob orientação de Lilian Crepaldi

© Capítulo Z  | 2025

  • Instagram
  • Spotify
  • Youtube
  • TikTok
bottom of page